A Argentina atingiu a actual crise inflacionária como resultado de décadas de políticas económicas falhadas, elevados défices fiscais e uma forte dependência do financiamento monetário. Desde a década de 2000, o país não conseguiu manter uma forte estabilidade macroeconómica. Políticas como a nacionalização das pensões e a intervenção no Instituto Nacional de Estatística (Indec) minaram a confiança nas instituições económicas. Em vez de aproveitar o boom nos preços das matérias-primas para fortalecer as instituições, a Argentina aumentou os seus gastos públicos sem alcançar um crescimento sustentado.

Desde a recessão iniciada em 2018, o país assistiu a uma desvalorização constante da sua moeda, o que agravou a inflação. Em 2023, a situação complicou-se ainda mais com a implementação do “Plano Platita”, que aumentou a despesa pública sem apoio em reservas. Este tipo de medidas, juntamente com a inflação elevada e a desvalorização do peso, geraram uma crise que levou o país a uma inflação anual projetada de 150% até o final de 2024.

Para tentar sair da crise, o governo de Javier Milei implementou um drástico plano de ajustamento fiscal que inclui a eliminação de subsídios, aumentos de taxas, privatização de empresas estatais e acumulação de reservas. Além disso, o país busca atingir um superávit primário de 2% do PIB. Estas medidas, embora impopulares, são vistas como essenciais para conter a inflação e restaurar a confiança na economia.

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