O CEO da BlackRock, Larry Fink, criticou a China por seus laços contínuos com a Rússia, dizendo que o país apoiava o inimigo. Fink também solicitou que empresas ocidentais que fazem negócios com a China revisassem seus laços. Em sua opinião, Fink acredita que não houve avaliação suficiente das relações China-Rússia.
Fink falou em um painel sobre a China durante a cúpula Berlin Global Dialogue na Alemanha. A cúpula, que começou em 2022 para discutir os crescentes eventos políticos, econômicos e sociais no século XXI, começou em 1º de outubro e deve terminar em 2 de outubro.
Larry Fink foi um dos palestrantes durante o evento, ao lado de figuras-chave no espaço financeiro e político, incluindo o presidente do Kosovo, o presidente da França, o Ministro das Finanças da Nigéria, o Ministro das Finanças da Arábia Saudita e mais. O evento tem parceiros significativos, incluindo Bank of America, A&O Shearman e Allianz.
Fink mencionou que a maioria dos participantes da cúpula poderia concordar que eles têm relações comerciais com a China. A Blackrock tem uma presença significativa no país, que Fink diz que a empresa planeja reavaliar. Fink também está notavelmente no conselho de uma universidade respeitável em Pequim, a Escola de Economia e Administração da Universidade Tsinghua.
O relacionamento entre a Rússia e a China tem sido difícil, especialmente em 2023. O presidente Putin e o presidente Xi ainda resolveram seus problemas, levando a mais atividade econômica entre os dois países.
Larry Fink, da BlackRock, diz que a China é a tábua de salvação econômica da Rússia
O CEO da Blackrock descreveu a China como o maior apoiador da economia russa, sugerindo discussões sobre o tema.
Fink questionou o apoio, especialmente na guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia, que começou em 2022. O CEO do maior gestor de ativos explicou que deve haver consequências para o apoio da China, já que o Ocidente continua a injetar milhões para apoiar a Ucrânia.
“Vocês estão apoiando nosso inimigo, estamos investindo bilhões e bilhões de dólares para apoiar a sobrevivência da Ucrânia, e isso deve ter um custo.”
–Larry Fink, CEO da Blackrock
Desde o início da guerra, a Rússia enfrenta sanções que limitam suas atividades econômicas com muitos países ocidentais.
Dados da Administração Geral de Alfândegas da China mostraram que o comércio entre a Rússia e a China cresceu 26% em 2023, atingindo US$ 240 bilhões. Os dados também indicaram que as exportações da China para a Rússia aumentaram para 47% em 2023.
A China ainda insiste em uma posição neutra na guerra na Ucrânia.
A Rússia rejeitou a proposta da China de um plano de paz de 12 pontos, levando a atritos entre os dois países. Algumas figuras políticas ainda acham que a China pararia a guerra se quisesse. Em julho, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, comentou que a dependência atual da Rússia da China significa que, se o presidente Xi pedisse, Putin negociaria resoluções de guerra.
NATO chama China de facilitadora da guerra na Ucrânia
O novo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, em 2 de outubro, chamou a China de facilitadora decisiva da guerra na Ucrânia. Rutte acrescentou que a OTAN não permitiria que o país alimentasse o que ele chamou de a maior guerra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. O secretário-geral também insistiu que era melhor apoiar a Ucrânia do que permitir a vitória de Putin.
A declaração coincidiu com uma semelhante da ex-secretária-geral, Jen Stoltenberg. Em uma coletiva de imprensa realizada em julho, Stoltenberg explicou que a OTAN estava enviando uma mensagem clara, chamando a atenção para a contribuição da China para o conflito.
Antony Blinken, o Secretário de Estado dos EUA, alertou a China em abril que o governo tomaria medidas se a China continuasse a apoiar a Rússia. Assim como Rutte, Blinken chamou a guerra de a maior ameaça à segurança na Europa desde a Guerra Fria. Enquanto Blinken elogiou os esforços da China para reduzir a agressão que a Rússia dirigiu à Ucrânia, ele ainda insistiu na necessidade de impedir o país de alimentar a ameaça.