A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprovou a custódia de criptoativos além de ETFs pelo Bank of New York Mellon Corp (BNY).

O presidente da SEC, Gary Gensler, anunciou a decisão após falar em frente ao Federal Reserve de Nova York. O anúncio pode atrapalhar a Coinbase, a atual custodiante líder de ativos digitais para a maioria dos ETFs de Bitcoin à vista.

BNY recebe aprovação da SEC para expandir custódia de criptomoedas

O BNY Mellon atualmente controla mais de US$ 2 trilhões em criptoativos. A estrutura atual do banco, que é usada para oferecer serviços de custódia de criptoativos, já inclui ETFs spot de Bitcoin e Ethereum. Recentemente, o banco enviou uma proposta ao Escritório de Contadores Chefes da SEC para custodiar BTC e ETH de uma forma que protegeria os fundos dos clientes em caso de insolvência. O banco revelou que agora recebeu uma "não objeção" da SEC para sua proposta, permitindo-lhe proteger ativos digitais sem listá-los como passivos do balanço. A mudança torna significativamente mais fácil para o banco oferecer serviços de custódia e aderir aos requisitos regulatórios.

O presidente da SEC, Gary Gensler, discutiu a estrutura de custódia de cripto do BNY Mellon, sugerindo que seu modelo também poderia ser aplicado a outros ativos digitais. Gensler observou que, embora a aprovação atual se aplique a ETFs de Bitcoin e Ethereum, a estrutura de custódia não se limita a ativos cripto específicos.

“Embora a consulta real estivesse relacionada a dois criptoativos, a estrutura em si não dependia do que era a cripto, não importava o que era a cripto.”

A aprovação permite que o BNY ofereça seus serviços de custódia para outros ativos digitais que ele selecionar. Também permite que outros bancos adotem o mesmo modelo ao oferecer custódia de criptomoedas e expande os ativos digitais que eles podem custodiar.

Condições Regulatórias

A aprovação da SEC depende do uso de carteiras de criptomoedas individuais pelo BNY Mellon. Isso garantirá que os ativos dos clientes sejam protegidos e segregados dos do banco em caso de insolvência. A estrutura da carteira, desenvolvida em colaboração com o Office of the Chief Accountant da SEC, desempenhou um papel crucial na garantia de uma decisão de "não objeção" da SEC. O BNY Mellon também terá que abordar o Office of the Chief Accountant caso a caso. De acordo com o BNY, isso não resolve completamente o problema do SAB 121. O banco acrescentou que se envolveria com o Office of the Chief Accountant em casos de uso adicionais.

A mudança do BNY Mellon para a custódia de criptomoedas lhe dá uma vantagem estratégica e o torna um player competitivo no mercado de custódia de criptomoedas. Isso permite que ele tenha como alvo clientes institucionais que buscam uma via segura e compatível para investir em ativos digitais por meio de ETFs. O mercado de custódia de criptomoedas é estimado em cerca de US$ 300 milhões e cresce 30% ao ano. Ele apresenta uma oportunidade altamente lucrativa para instituições financeiras, permitindo que bancos como o BNY Mellon capitalizem a crescente demanda por tais serviços.

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