A empresa de investimentos Borderless Capital anunciou seu terceiro fundo dedicado a redes de infraestrutura física descentralizadas (DePIN).

De acordo com uma declaração de 18 de setembro, a empresa de capital de risco lançou um fundo de US$ 100 milhões para investir em projetos baseados em blockchain trabalhando no desenvolvimento e manutenção de infraestrutura física em todo o mundo. A empresa tem investido no setor desde 2021, apoiando projetos como Helium, Render Network e GEODNET.

O novo fundo é liderado por Álvaro Gracia, ex-executivo da Telefónica, e pelo cofundador da Helium, Sean Carey, com apoio da blockchain de camada 1 Peaq, da Fundação Solana, da Jump Crypto e da IoTeX.

“Estamos fazendo uma aposta ousada no DePIN porque acreditamos que é uma das inovações mais revolucionárias no espaço Web3”, comentou Álvaro Gracia, sócio da Borderless Capital.

DePIN são sistemas descentralizados que empregam tecnologia blockchain para construir e manter infraestrutura física, como redes de conectividade, poder de computação ou serviços de geolocalização. Em vez de depender de empresas ou governos centralizados tradicionais, os projetos DePIN permitem que indivíduos e entidades menores contribuam com recursos — como hardware, dados ou serviços — para a rede e sejam recompensados ​​com tokens.

Helium e Filecoin são exemplos de projetos que fornecem infraestrutura descentralizada onchain. Helium oferece uma rede para dispositivos IoT, usando nós como hotspots para conectividade sem fio. Enquanto isso, Filecoin fornece uma maneira descentralizada de armazenar e recuperar dados, permitindo que os usuários aluguem espaço de armazenamento extra ou comprem armazenamento na rede. Outros protocolos como Hivemapper usam câmeras montadas no painel para obter dados de mapas de crowdsourcing.

“O DePIN é um divisor de águas para áreas carentes, fornecendo infraestrutura e serviços críticos”, disse Sean Carey, sócio da Borderless Capital. De acordo com o Relatório de Desenvolvimento do DePIN de 2024, espera-se que esse mercado atinja um tamanho de US$ 3,5 trilhões até 2028.

Fonte: IoTEx/Dune Analytics

A ascensão dos protocolos DePIN nos últimos anos atraiu blockchains de camada 1 para focar na interseção de dispositivos, conectividade e serviços descentralizados. A Solana Foundation, por exemplo, está trabalhando na atualização de sua infraestrutura de rede para melhorar a confiabilidade dos aplicativos DePIN.

“Estamos vendo uma tonelada de projetos deep-end promissores que estão fazendo de tudo”, observou a líder do DePIN da Solana Foundation, Kuleen Nimkar, em uma entrevista anterior com a Cointelegraph.

De acordo com dados disponíveis no Dune Analytics, o número total de dispositivos em 276 projetos DePIN rastreados ultrapassou US$ 18 milhões, enquanto a capitalização de mercado desses protocolos estava em mais de US$ 29 milhões no momento da redação deste artigo.

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