O ex-CEO da Celsius, Alex Mashinsky, pediu o depoimento de seis testemunhas que trabalharam anteriormente na empresa de criptomoedas, pois ele pode enfrentar uma pena de prisão de mais de 100 anos.
Mashinsky foi preso no ano passado depois que promotores disseram que ele fraudou clientes e os enganou sobre a lucratividade da Celsius. Em um memorando arquivado na sexta-feira por seus advogados, ele pediu a um tribunal distrital de Nova York que permitisse que essas testemunhas, que vão do diretor financeiro do credor de criptomoedas ao diretor de receita, testemunhassem em seu julgamento criminal. Muitas das testemunhas propostas vivem fora dos EUA, eles disseram.
Mashinsky não teve a intenção de prejudicar ninguém, alegaram seus advogados em seu memorando.
"Como CEO da Celsius, o Sr. Mashinsky confiou nas informações fornecidas a ele pela experiente equipe de profissionais da Celsius ao seu redor", disseram seus advogados.
"Os riscos são altos", os advogados acrescentaram mais tarde. "O governo informou à defesa que sua 'posição atual' é que as Diretrizes de Sentença pedem que o Sr. Mashinsky receba uma sentença de 115 anos de prisão."
A Celsius, que entrou com pedido de falência em 2022 e foi posteriormente encerrada no início deste ano, atraiu a ira de vários reguladores. Em julho de 2023, a Securities and Exchange Commission processou o credor de criptomoedas e Mashinsky por supostamente levantar bilhões por meio de vendas fraudulentas e não registradas de criptomoedas, mentindo repetidamente para investidores sobre a situação financeira da Celsius e manipulando o preço do CEL, o token nativo da empresa.
A lista de testemunhas propostas inclui o ex-diretor de receita da Celsius, Roni Cohen-Pavon, que supostamente se declarou culpado de suas acusações criminais no ano passado. Os advogados de Mashinsky dizem que Cohen-Pavon e outros funcionários ignoraram as instruções de Mashinsky para vender tokens CEL e, em vez disso, decidiram comprar mais tokens sem contar ao ex-CEO.
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Os promotores disseram que Mashinsky e Cohen-Pavon manipularam o preço do CEL gastando milhões de dólares para comprar CEL "com o objetivo de sustentar e inflacionar artificialmente" seu preço e depois vendê-lo com lucro.
"O Sr. Cohen-Pavon é uma testemunha material nas acusações de manipulação porque forneceu consultoria jurídica à Celsius sobre a maneira como ela comprou e vendeu tokens CEL no mercado aberto de 2019 a 2022", disseram os advogados de Mashinsky no processo.
Pergunte qualquer coisa ao Mashinsky
Durante os eventos semanais ao vivo "Ask Mashinsky Anything", que atualizavam os clientes da Celsius sobre a empresa, os advogados de Mashinsky disseram que os funcionários jurídicos e de risco da empresa fizeram edições, mas não compartilharam essas edições com ele. Os advogados disseram que havia um processo de revisão que incluía fazer com que as equipes jurídicas, de risco e de regulamentação da empresa revisassem as transcrições das sessões da AMA antes de publicá-las.
"Como resultado desse processo de revisão, o Sr. Mashinsky esperava e entendia totalmente que quaisquer imprecisões acidentais ou não intencionais em suas declarações públicas seriam levadas à sua atenção", disseram seus advogados. "E quando foram, as evidências mostram que o Sr. Mashinsky as aceitou, o que é evidência de boa-fé, não de fraude."
No entanto, as correções eram "quase sempre feitas pelas costas do Sr. Mashinsky", disseram eles.
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