Martín Mazza, gerente de Tools For Humanity: Teremos que provar que por trás de uma ação online existe um ser humano
Diante das suspeitas, o líder regional do TFH afirma que o protocolo Worldcoin busca apenas desenvolver um “passaporte digital” que verifique se um usuário não é um bot
Martín Mazza, gerente regional de Ferramentas para a Humanidade
O argentino Martín Mazza é gerente regional da Tools For Humanity (TFH), empresa fundada por Sam Altman, também criador do ChatGPT e uma das pessoas mais influentes do universo tecnológico. A empresa alimenta o protocolo Worldcoin, o projeto que gerou inúmeros vídeos virais de pessoas tendo suas íris escaneadas em troca de uma criptomoeda apoiada pelo TFH.
O objetivo deste protocolo, que levantou muitas questões sobre a eventual utilização dos dados biométricos das pessoas que forneceram a sua íris, é desenvolver um “passaporte digital que verifique se por trás de um utilizador existe um humano e não um bot ou alguma criação feito com inteligência artificial, diz Mazza em entrevista à redação de LA NACION.
O TFH baseia-se na premissa de que, dentro de alguns anos, boa parte do mundo digital será criada ou melhorada pela inteligência artificial, pelo que em muitos casos será necessário comprovar a “humanidade dos utilizadores”. Funcionaria como um substituto para o captcha que normalmente é usado para verificar uma conta, mas também para uma infinidade de outras funções possíveis.
Moeda Mundial
O escaneamento da íris é realizado com o The Orb, uma esfera metálica desenvolvida pela empresa que possui um leitor de digitais que detecta a biometria da íris em segundos. Na Argentina começaram a trabalhar há cerca de dois anos e as imagens das longas filas em shoppings, lojas e outros pontos de verificação rapidamente chamaram a atenção. Segundo dados do TFH, até à data existem mais de 500.000 pessoas verificadas no país (perto de 10% dos 5 milhões em todo o mundo). Hoje eles têm operações em lugares como a Alemanha,