O ministro da Defesa canadiano, Bill Blair, afirmou que o país está a aplicar ativamente a IA na defesa e comprometeu-se a que os humanos ainda desempenham um papel importante na tomada de decisões.

CTV relatou: Na cúpula militar de IA realizada em Seul, a Coreia do Sul, o Canadá e 61 outros países apoiaram um novo documento sobre o uso responsável de inteligência artificial (IA) no setor nacional.

O ministro da Defesa, Bill Blair, disse que o Canadá pretende transformar as Forças Armadas canadenses em uma organização “equipada com IA” até 2030, no âmbito de uma estratégia lançada no início deste ano.

Blair enfatizou a importância de explorar a tecnologia da IA ​​de forma eficaz e ética, afirmando que a IA é usada para apoiar, e não para substituir, o pessoal militar.

“Estamos empenhados em garantir que as pessoas estejam na vanguarda das decisões importantes com mecanismos de responsabilização apropriados”, acrescentou Blair.

O Ministro da Defesa, Bill Blair, participa de uma coletiva de imprensa em Ottawa, na quinta-feira, 18 de julho de 2024. A IMPRENSA CANADENSE/Justin Tang

A estratégia do Canadá também destaca o trabalho com aliados para garantir que a IA não só seja desenvolvida de forma eficaz, mas também integrada e gerida de forma responsável.

O documento observa que os aliados do Canadá também estão a adoptar rapidamente a IA, e o Canadá deve trabalhar para acompanhar, porque a tecnologia também está a tornar-se mais acessível a potenciais adversários.

A visão do Canadá

Na conferência de Seul, países como os EUA, o Reino Unido, a Alemanha e a França apoiaram o plano de acção sobre inteligência artificial. No entanto, a China, a Rússia e Israel não estão envolvidos neste acordo.

A conferência deste ano segue-se ao evento do ano passado nos Países Baixos, onde o Canadá e muitos outros países concordaram com um documento sobre IA. O novo “plano de acção” afirma que a IA pode mudar todos os aspectos das forças armadas, mas também alerta sobre os riscos humanos, sociais e éticos da utilização da IA ​​nas forças armadas.

O documento enfatiza que o uso da IA ​​deve obedecer às leis vigentes e que os humanos devem ser sempre responsáveis ​​e não podem ser confiados às máquinas. Também recomenda a adoção de medidas de segurança para evitar erros ou consequências não intencionais, como erros em dados ou algoritmos.

Ao permitir a aplicação da IA ​​na defesa, o Canadá está a participar numa desafiante corrida tecnológica global. Encontrar um equilíbrio entre a promoção da inovação e a garantia da aplicação responsável da IA ​​é essencial para manter a paz, a segurança e a estabilidade internacionais.