Tune.fm, uma plataforma de streaming de música baseada em blockchain, anunciou um novo investimento de US$ 50 milhões da Global Emerging Markets. Isso eleva o financiamento total da plataforma para US$ 80 milhões, demonstrando interesse crescente no potencial da distribuição descentralizada de música.
O novo investimento será usado para fornecer liquidez para o token nativo da Tune.fm, JAM. O JAM desempenha um papel central no ecossistema da plataforma, recompensando artistas e usuários. Os artistas recebem micropagamentos em JAM para cada segundo que sua música é transmitida, enquanto os usuários podem ganhar tokens descobrindo e ouvindo músicas recém-promovidas.
O Tune.fm visa remover barreiras de entrada para usuários não familiarizados com criptomoedas. Ao contrário de algumas outras plataformas, o Tune.fm elimina a necessidade de uma carteira blockchain pré-existente. Os usuários podem criar uma conta e começar a ouvir imediatamente, com uma carteira blockchain criada automaticamente no processo de integração.
A Tune.fm não está sozinha em sua exploração da tecnologia blockchain para streaming de música. Outras plataformas estão surgindo, cada uma oferecendo recursos e abordagens únicas. Por exemplo, a Royal permite que os fãs sejam coproprietários de direitos autorais de música por meio da propriedade de NFTs vinculados a músicas específicas. Apoiada por importantes empresas de capital de risco, a Royal atraiu artistas estabelecidos como o rapper Nas, que lançou NFTs na plataforma em 2022.
Até mesmo plataformas musicais estabelecidas estão reconhecendo o potencial da tecnologia blockchain. A eMusic, uma plataforma de música digital de longa data, lançou sua própria criptomoeda, o token eMU, em 2020. Esse movimento teve como objetivo fornecer um fluxo de receita mais direto para os artistas, oferecendo a eles 50% dos ganhos de suas músicas.
A indústria musical passou por uma transformação significativa, migrando de CDs físicos para serviços de streaming. A Statista projeta que o mercado global de streaming de música atingirá uma receita de aproximadamente US$ 34 bilhões até 2027.
A Tune.fm enfatiza a necessidade de uma estrutura de compensação mais justa para artistas na indústria musical. Eles argumentam que as principais plataformas de streaming atuais deixam os artistas com uma parcela desproporcionalmente pequena dos lucros, enquanto as grandes corporações retêm a maioria. O Spotify, líder de mercado, exemplifica esse problema, com uma capitalização de mercado superior a US$ 66 bilhões, enquanto supostamente paga aos artistas apenas uma fração de um centavo por transmissão. Além disso, os artistas com o Spotify só começam a ganhar royalties após atingir um número mínimo de transmissões dentro de um período de tempo específico.
O investimento da Tune.fm significa um interesse crescente em plataformas de streaming de música descentralizadas. Ao oferecer um modelo de distribuição de receita mais justo e integração simplificada de usuários, a Tune.fm e plataformas semelhantes visam romper o cenário tradicional de streaming de música, empoderando artistas e criando um ecossistema mais equitativo.