TLDR:

  • Chefes da CIA e do MI6 revelam uso de IA generativa em operações de inteligência

  • A IA ajuda a processar grandes quantidades de dados e a melhorar as atividades de inteligência

  • Conflito na Ucrânia demonstra importância da tecnologia na guerra moderna

  • Rússia e China identificadas como principais desafios, com foco no combate à desinformação

  • Agências de inteligência fazem parceria com o setor privado para manter vantagem tecnológica

Os diretores da CIA e do MI6, Bill Burns e Richard Moore, revelaram em conjunto que suas agências estão empregando ativamente inteligência artificial, incluindo IA generativa, para aprimorar suas capacidades de inteligência.

Em um artigo de opinião publicado no Financial Times, os chefes de espionagem descreveram como a IA está sendo usada para melhorar vários aspectos de seu trabalho, da análise de dados à segurança operacional.

Burns e Moore explicaram que a IA está ajudando suas agências a processar grandes quantidades de informações com mais eficiência.

Eles declararam: “Agora estamos usando IA, incluindo IA generativa, para habilitar e melhorar atividades de inteligência — desde a sumarização até a ideação, para ajudar a identificar informações importantes em um mar de dados.”

Essa capacidade permite que agentes de inteligência analisem e entendam rapidamente o enorme volume de dados que recebem diariamente.

Os chefes de inteligência também destacaram o uso de IA na proteção de suas próprias operações. Eles revelaram que estão treinando sistemas de IA para “red team” suas atividades, garantindo que eles possam manter o sigilo necessário em um mundo cada vez mais digital.

Esta aplicação de IA ajuda a identificar potenciais vulnerabilidades em suas operações antes que adversários possam explorá-las.

A guerra na Ucrânia foi citada como um exemplo primordial de como a tecnologia está remodelando os conflitos modernos. Burns e Moore notaram que o conflito demonstrou o poder de combinar tecnologia avançada com táticas de guerra tradicionais.

Eles destacaram a convergência de imagens de satélite, tecnologia de drones, guerra cibernética e operações de informação em uma escala sem precedentes na Ucrânia.

Além do conflito na Ucrânia, a CIA e o MI6 estão colaborando ativamente para combater as campanhas de desinformação da Rússia e o que eles descrevem como uma “campanha imprudente de sabotagem em toda a Europa”.

O uso de IA nesse contexto é particularmente relevante, pois pode ajudar a identificar e rastrear redes de desinformação complexas de forma mais eficaz.

A China foi identificada por ambas as agências como “o principal desafio geopolítico e de inteligência do século XXI”. A ascensão da China como uma potência tecnológica e seus próprios avanços em IA apresentam desafios únicos para as agências de inteligência ocidentais. Burns e Moore enfatizaram a importância de manter uma vantagem tecnológica para enfrentar esse desafio.

Para permanecer à frente no cenário tecnológico em rápida evolução, tanto a CIA quanto o MI6 estão forjando parcerias com empresas inovadoras nos EUA, Reino Unido e globalmente. Essas colaborações visam alavancar tecnologias de ponta e expertise do setor privado para aprimorar as capacidades de inteligência.

Os chefes de inteligência também abordaram o uso contínuo de IA em esforços de contraterrorismo, que continua sendo um foco central para ambas as agências. Eles enfatizaram que as ferramentas de IA estão ajudando a identificar e rastrear ameaças potenciais de forma mais eficiente do que nunca.

Embora a revelação conjunta de Burns e Moore seja significativa por sua transparência, vale a pena notar que as agências de inteligência vêm explorando aplicações de IA há algum tempo.

Em julho, a diretora de Inovação em Inteligência Artificial da CIA, Lakshmi Raman, falou sobre o uso de IA generativa pela agência para triagem de conteúdo e assistência a analistas em um Amazon Web Services Summit.

O uso crescente de IA em operações de inteligência reflete uma tendência mais ampla de agências governamentais fazendo parcerias com empresas privadas de tecnologia.

Um relatório da Brookings Institution descobriu que as agências federais nos Estados Unidos aumentaram seus prêmios potenciais para contratos privados de tecnologia em quase 1.200% nos últimos anos, de US$ 355 milhões para US$ 4,6 bilhões.

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