A China lançou um sistema de verificação de identidade baseado em blockchain, que permite aos cidadãos autenticarem-se online com o seu bilhete de identidade nacional. Mas isso é realmente uma boa ideia?

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O sistema, denominado Rede de Serviços Baseada em Blockchain (BSN), visa facilitar o acesso a serviços online públicos e privados, como bancos, seguros, transporte, etc.

Mas há um porém: o BSN é controlado pelo governo chinês, que tem o poder de censurar, monitorar e manipular os dados à vontade. Além disso, o BSN não é compatível com outras redes blockchain, o que limita a sua interoperabilidade e inovação.

Então, o BSN é realmente um exemplo de Web3, ou seja, uma web descentralizada, baseada em blockchain e orientada a tokens? Na verdade. Web3, segundo a definição de Gavin Wood, cofundador da Ethereum, é um “ecossistema online descentralizado baseado em blockchain”.

A Web3 visa capacitar os usuários, permitindo-lhes controlar seus próprios dados, criar e trocar ativos digitais e participar de organizações autônomas descentralizadas (DAOs). A Web3 baseia-se em princípios de abertura, transparência e interoperabilidade.

Já o BSN é um exemplo de web centralizada, controlada por uma autoridade central e focada no controle. A BSN não respeita a privacidade, liberdade e criatividade dos utilizadores. O BSN é antes uma ferramenta de vigilância em massa, ao serviço do regime autoritário chinês.

Portanto, se você está procurando uma forma de verificar sua identidade online, sem comprometer sua segurança e soberania, é melhor procurar outro lugar. Existem soluções de gerenciamento de identidade baseadas em blockchain, que são mais

fácil de usar, como IBM Digital Credentials ou Dock.io

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