O Mercado Livre, referência em comércio eletrônico na América Latina, emitiu uma stablecoin atrelada ao dólar no Brasil por meio de seu braço financeiro, o Mercado Pago. O Brasil é o maior mercado do varejista multinacional. A nova stablecoin é chamada de Meli Dollar e será negociada por meio do aplicativo do Mercado Pago.
A plataforma local de criptoativos Ripio atuará como formadora de mercado e realizará operações de câmbio para a stablecoin, informou o serviço em português do Cointelegraph em 21 de agosto. Nenhuma taxa será cobrada para comprar o Meli Dollar com reais brasileiros de uma conta do Mercado Pago ou para negociar a stablecoin na fase inicial de sua introdução.
O Meli Dollar oferece estabilidade em uma economia volátil
O Brasil viu um aumento na negociação de criptomoedas este ano, e as stablecoins lideraram o mercado. A nova stablecoin será uma nova opção para gestão financeira, enfatizou o emissor. O vice-presidente sênior do Mercado Pago, Andres Chaves, disse que o Meli Dollar oferece “uma alternativa para nossos clientes que querem se proteger da variação da taxa de câmbio”. O cofundador e CEO da Ripio, Sebastian Serrano, disse:
“Estamos entusiasmados em contribuir com uma solução segura e acessível para usuários do Mercado Pago no Brasil que, entre outros fatores, desejam proteger seu poder de compra durante a volatilidade econômica.”
O Mercado Livre começou a aceitar Bitcoin (BTC), Ether (ETH) e a stablecoin Pax Dollar (USDP) como pagamento no Brasil por meio do Mercado Pago em dezembro de 2021. Ele incorporou o BTC ao seu patrimônio em 2021 com uma aquisição no valor de US$ 7,8 milhões.
Stablecoins fazendo progresso estável na América Latina
O Mercado Libre lançou o token Mercado Coin em 2022 como parte de seu programa de recompensas de fidelidade. Ele introduziu o USDP no México para pagamentos e negociação em junho de 2023. Ele trouxe o USD Coin (USDC) da Circle para o Chile em agosto daquele ano.
Fonte: David Shares
A plataforma de criptomoedas Reserve lançou sua stablecoin Reserve (RSV) na América Latina em março de 2021. Ela também foi vista como uma proteção contra a inflação e cresceu rapidamente para lidar com meio milhão de transações por mês.
Em fevereiro, a Crypto.com começou a listar o BTG Dol, uma stablecoin atrelada ao dólar americano emitida pelo BTG Pactual, um grande banco latino-americano.
Revista: 6 perguntas para Lugui Tillier sobre Bitcoin, Ordinais e o futuro das criptomoedas