De acordo com a Odaily, a maioria do Regulamento de Mercados de Criptoativos (MiCAR) da União Europeia deve entrar em vigor até o final deste ano. No entanto, as empresas alemãs atualmente não conseguem obter licenças de criptomoeda MiCAR da autoridade reguladora local, BaFin, devido à falha de certas medidas legislativas. Em contraste, empresas estrangeiras que garantiram licenças em outros lugares podem operar livremente na Alemanha e em toda a UE.

A estrutura MiCAR inclui detalhes específicos de cada país, como a exigência de que cada nação designe um órgão regulador para emitir licenças para provedores de serviços de criptoativos (CASPs). Na Alemanha, essa responsabilidade cabe à Autoridade Federal de Supervisão Financeira (BaFin). No entanto, a designação da BaFin faz parte de um projeto legislativo que ainda não foi aprovado. Dado o colapso do governo de coalizão, a probabilidade de esse projeto de lei ser aprovado no curto prazo é pequena. Essa situação também afeta os bancos, pois instituições como bancos ou empresas de valores mobiliários podem estender suas licenças para se qualificar para o status MiCAR CASP, um processo que a BaFin atualmente não pode facilitar.

A Alemanha já tinha regulamentações existentes sobre criptomoedas antes do MiCAR. O projeto legislativo estipula que empresas autorizadas podem continuar suas operações e reaplicar por licenças MiCAR no próximo ano. O rascunho inicial da Lei de Digitalização do Mercado Financeiro (FinmadiG) foi divulgado em outubro de 2023, introduzindo a Lei de Regulação do Mercado de Criptomoedas (KMAG), que visa substituir as antigas regras de criptomoedas da Alemanha pelo MiCAR.

No início desta semana, um grupo de acadêmicos alemães enviou uma carta ao Comitê de Finanças do Bundestag alemão, ressaltando a violação da Alemanha à legislação da UE. A lei de implementação alemã deveria entrar em vigor em 30 de junho, coincidindo com a promulgação da legislação sobre stablecoins (token de moeda eletrônica).