Janet Yellen, a Secretária do Tesouro dos EUA, apontou o dedo aos próprios EUA pela potencial queda do dólar americano. Ela apresentou suas opiniões ao falar ao Comitê da Câmara de Serviços Financeiros na terça-feira.

Janet explicou que o uso frequente de sanções pelos EUA como instrumento de política externa está a prejudicar o estatuto do dólar em todo o mundo. Os países estão a afastar-se do dólar, tentando proteger-se destas sanções.

Presidente Joe Biden

Ela disse que esse hábito está criando inimigos para o dólar. Muitos países estão agora a aderir à cruzada de utilização de outras moedas no comércio internacional. Isto está a enfraquecer a posição do dólar e a aumentar a pressão sobre a economia dos EUA.

Os países estão fartos de estar à mercê dos EUA e procuram evitar o dólar. Ainda este ano, a Rússia, a China e a Hungria chamaram a América de terrorista económico.

No seu depoimento, Janet enfatizou que estes países continuarão com a desdolarização se os EUA não mudarem a sua abordagem. O Secretário do Tesouro afirmou que:

“Quanto mais sancionamos, mais pressionamos estas nações a diversificarem as suas participações monetárias.”

Um exemplo claro disto é a crescente relação entre o Irão e a Rússia. O presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, anunciou que todas as transações entre o Irã e a Rússia são agora feitas sem o dólar.

O mesmo ocorre com todos os negócios entre a Rússia e a Índia. Vladimir Putin é a principal força por trás do destronamento da América e do seu dólar.

O primeiro-ministro Narendra Modi com seu amigo presidente Vladimir Putin

Ghalibaf explicou que os BRICS oferecem uma enorme oportunidade para os países que procuram afastar-se do dólar. Ele acusou a América de ser egoísta, cruel e unilateral.

Entretanto, a Goldman Sachs previu uma queda económica para os Estados Unidos. Eles acreditam que os BRICS terão a primeira e a segunda maior economia do mundo até 2075. 

A Índia e a China ultrapassarão a economia dos EUA por uma margem considerável, deixando-a para trás, em terceiro lugar. Nos próximos 50 anos, as hipóteses de a América continuar a ser uma superpotência económica serão quase nulas.

Fonte: X.com

Os países em desenvolvimento deverão ofuscá-lo em vários setores, incluindo comércio, tecnologia e fintech. Espera-se também que a Arábia Saudita registe um enorme crescimento económico. A Goldman Sachs prevê que a sua economia poderá atingir os 6,1 biliões de dólares.

Tenha em mente que, embora a Arábia Saudita não tenha aceitado a oferta de adesão aos BRICS, alertou recentemente os EUA e o Reino Unido contra o congelamento de activos russos.