• O regulamento MiCAR da União Europeia identifica EMTs e ARTs como adequados para uso em pagamentos.

  • O Banco da Itália prioriza stablecoins vinculadas a moedas oficiais (EMTs).

  • O governador Panetta defende uma flexibilização gradual da política monetária.

O Banco da Itália está preparando diretrizes para se alinhar com as futuras regulamentações da União Europeia para ativos criptográficos, conforme relatado pela Reuters. O governador Fabio Panetta fez o anúncio durante a reunião da Associação Bancária Italiana (ABI), enfatizando o objetivo de salvaguardar a estabilidade do sistema de pagamentos.

Banco da Itália publicará diretrizes para ativos criptográficos, diz governador https://t.co/nnDCbHgSC0 pic.twitter.com/QOWewZLtoe

-Reuters (@Reuters) 9 de julho de 2024

Panetta destacou que o Regulamento do Mercado de Criptoativos (MiCAR) da UE identifica tokens de dinheiro eletrônico (EMTs) e tokens referenciados a ativos (ARTs) como adequados para uso em pagamentos. Os EMTs estão vinculados ao valor de uma moeda oficial específica, enquanto os ARTs derivam o seu valor de um ou mais ativos subjacentes. Panetta afirmou:

A nossa avaliação é que os únicos instrumentos que podem servir como meio de pagamento, preservando ao mesmo tempo a confiança do público, são os EMT, tokens de dinheiro eletrónico, que os bancos ou instituições de dinheiro eletrónico podem emitir.

Isto sublinha a preferência do banco central pelos EMT em vez dos ART na manutenção da confiança do público nos sistemas de pagamentos.

Panetta também abordou as preocupações sobre a persistente inflação nos serviços e o forte crescimento salarial. Falando na reunião anual da Associação Bancária Italiana em Roma, observou que estas preocupações não são infundadas, mas precisam de ser colocadas em perspectiva, uma vez que os preços dos serviços tendem a comportar-se de forma diferente dos dos bens.

Panetta reiterou que os dados recentes apoiam uma redução gradual nos custos dos empréstimos. Apesar da inflação na zona euro ter diminuído para 2,5% em Junho, a inflação do sector dos serviços manteve-se estável em 4,1%. Isto tornou alguns responsáveis ​​do Banco Central Europeu (BCE) cautelosos quanto ao compromisso de novos cortes nas taxas.

A Presidente do BCE, Christine Lagarde, mencionou recentemente que o elevado crescimento dos preços dos serviços poderia ser contrabalançado por outros factores, sugerindo uma abordagem diferenciada. Yannis Stournaras, da Grécia, repetiu este sentimento, desaconselhando a interpretação exagerada dos números da inflação nos serviços.

Respondendo às preocupações com o crescimento salarial, Panetta observou que uma análise minuciosa poderia aliviar os receios. Ele enfatizou que os aumentos anteriores das taxas de juros ainda estão comprimindo a demanda, a produção e a inflação, e continuarão a fazê-lo nos próximos meses.

Segundo as projeções do banco central, o impacto do aperto monetário sobre os preços se intensificará em 2024. Panetta concluiu que a queda da inflação permitiu começar a aliviar as condições monetárias.

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