O regulador financeiro da Coreia do Sul está estabelecendo um sistema para monitorar o comércio incomum de criptografia, instando as bolsas a cooperarem e fornecerem dados internos.

O Serviço de Supervisão Financeira (FSS) da Coreia do Sul está trabalhando em um sistema que monitoraria todas as atividades incomuns de negociação de criptografia, à medida que o país busca aumentar a transparência e a supervisão em seu mercado de criptografia.

Em comunicado de 4 de julho, a agência instou as plataformas de negociação nacionais a compartilharem dados internos com o sistema para que pudessem garantir o cumprimento da legislação que entrará em vigor em 19 de julho.

O sistema visa negociações fora das faixas normais de volume e preço, grandes transações e execuções anormalmente atrasadas, de acordo com as diretrizes delineadas pelo FSS. Matt Younghoon Mok, advogado estrangeiro sênior e sócio da Lee & Ko em Seul, comentou à Bloomberg que esses requisitos podem representar “desafios significativos para altcoins que não conseguem atender prontamente aos padrões regulatórios”.

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Conforme relatado anteriormente pela crypto.news, as exchanges de criptomoedas sul-coreanas devem reavaliar mais de 1.000 tokens listados, após a implementação da Lei de Proteção ao Usuário de Ativos Virtuais, que visa salvaguardar os direitos e interesses dos investidores em criptomoedas.

Apesar da extensa revisão, a Digital Asset Exchange Alliance, que representa cinco grandes bolsas coreanas, espera “retiradas em massa” mínimas nos próximos seis meses, citando medidas proativas de conformidade regulatória já em vigor em todas as plataformas nacionais. Os regulamentos serão aplicados a quase três dúzias de exchanges de criptomoedas registradas, incluindo Upbit, Bithumb, Coinone, Korbit e Gopax, que conduzirão análises iniciais para determinar se devem manter ou remover cada token.

Sob o novo quadro regulamentar, as exchanges de criptomoedas devem estabelecer um comitê de revisão para avaliar vários fatores, como a confiabilidade da entidade emissora, medidas de proteção do usuário, padrões de tecnologia e segurança, bem como conformidade regulatória.

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