• As nações do BRICS estão a trabalhar activamente para reduzir a sua dependência do dólar americano.

  • O aumento das compras de ouro e o fim do acordo do petrodólar sinalizam uma potencial mudança no poder financeiro global.

  • O não alinhamento da China com os BRICS ou com o FMI acrescenta complexidade ao cenário monetário em evolução.

Dentro da aliança BRICS – que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irão, Egipto, Etiópia e Emirados Árabes Unidos – está em curso um movimento crescente para diminuir a influência global do dólar americano, de acordo com alguns analistas de criptomoedas.

Gostaria de abordar a "Operação Sandman". Não é real. O único acordo para se desfazer do USD está dentro dos BRICS e eles já têm poder de fogo suficiente para fazê-lo e estão a fazê-lo ativamente agora. Por que você recrutaria 175 países quando já tem 60 prontos e 9 membros do BRICS?

- Ben Armstrong, também conhecido como BitBoy Crypto (@BenArmstrongsX) 29 de junho de 2024

Este esforço para diminuir a dependência do dólar ganhou um impulso significativo, com os países BRICS a prosseguirem activamente estratégias para reduzir a sua exposição à moeda dos EUA. Os analistas apontam para os esforços substanciais de repatriamento de ouro por parte dos países africanos e indianos, que estão a trocar as suas reservas em dólares por este metal precioso a um ritmo sem precedentes.

Além disso, a crescente influência dos BRICS nos assuntos geopolíticos é cada vez mais evidente, desafiando a dinâmica de poder tradicional. Esta mudança contrasta fortemente com as opiniões de alguns comentadores, como o autor best-seller do New York Times, Jim Rickards, que acredita que os EUA mantêm um controlo significativo em conflitos globais, como a guerra em curso na Ucrânia.

De acordo com Rickards, a guerra em curso poderá terminar em breve, na sequência de algumas informações de que os EUA estão a retirar meios de vigilância do espaço de batalha. O autor do best-seller acredita que a retirada da vigilância implicaria uma retirada do apoio dos EUA à Ucrânia, tornando impossível aos neonazis ucranianos lançarem ataques com mísseis e drones contra a Rússia.

A recente rescisão do acordo do petrodólar pela Arábia Saudita é outro factor destacado pelos analistas como um potencial golpe para o dólar americano. Esta medida, juntamente com o não alinhamento estratégico da China com os BRICS ou com o FMI, complica ainda mais o cenário financeiro global e poderá contribuir para os desafios contínuos do dólar.

O posto Nações do BRICS desafiam a hegemonia do dólar americano, voltando-se para o ouro e moedas alternativas apareceu pela primeira vez na Coin Edition.