TLDR

  • A Coinbase apresentou um aviso em sua batalha legal com a SEC, citando uma recente decisão judicial a favor da Binance

  • A SEC processou a Consensys pelo serviço de piquetagem Ethereum da MetaMask

  • O comissário da SEC, Mark Uyeda, criticou a abordagem da agência em relação aos registros de criptografia

  • Decisões recentes da Suprema Corte podem limitar o poder da SEC sobre criptografia

  • A indústria criptográfica está enfrentando desafios regulatórios e exige diretrizes mais claras

A Coinbase, uma das maiores bolsas de criptomoedas dos Estados Unidos, deu um passo em sua batalha legal em curso com a Securities and Exchange Commission (SEC).

A Coinbase apresentou recentemente um aviso citando uma decisão judicial a favor da Binance, outra bolsa de criptomoedas. Esta decisão, tomada pelo juiz Jackson, rejeitou a alegação da SEC de que as transações do mercado secundário no token BNB da Binance eram contratos de investimento.

Os advogados da Coinbase argumentam que esta decisão destaca inconsistências na forma como os tribunais aplicam o teste de Howey às criptomoedas.

O teste Howey é uma estrutura usada para determinar o que constitui um título. A Coinbase afirma que a posição atual da SEC se desvia desta estrutura estabelecida. Esta situação, dizem, mostra a necessidade de um tribunal superior analisar estes casos e fornecer orientações mais claras.

Paul Grewal, diretor jurídico da Coinbase, expressou preocupação com a aplicação inconsistente das regras. Ele afirmou,

“A responsabilidade não deve depender de qual tribunal você é processado ou de qual juiz é designado para o seu caso.”

Este sentimento reflete a frustração sentida por muitos na indústria criptográfica sobre a falta de regulamentações claras.

Enquanto a Coinbase trava sua batalha legal, a SEC toma medidas contra outras empresas de criptografia.

Recentemente, o regulador processou a Consensys, empresa controladora da MetaMask, uma popular carteira de criptomoedas. A SEC alega que a Consensys operava como uma corretora não registrada e oferecia títulos não registrados por meio de seu serviço MetaMask Swaps.

Essas ações legais ocorrem num momento em que até mesmo alguns membros da SEC questionam a abordagem da agência.

O comissário Mark Uyeda criticou a forma como a SEC lida com os registros de ativos criptográficos. Numa nota de rodapé de uma declaração recente, Uyeda classificou a abordagem atual da agência como “problemática”. Ele sugeriu que os formulários utilizados para arquivamento não refletem adequadamente a natureza única dos ativos digitais.

Os comentários de Uyeda sugerem uma mudança potencial na forma como a SEC poderá lidar com as regulamentações de criptografia no futuro. Ele enfatizou que a abordagem atual “não facilita a formação de capital nem protege os investidores”.

Somando-se à incerteza regulatória, as recentes decisões da Suprema Corte podem limitar o poder da SEC sobre a criptografia. Duas decisões em particular poderiam ter implicações significativas.

Uma decisão considerou que os réus em processos civis da SEC envolvendo fraude de valores mobiliários têm direito a um julgamento com júri. Outro anulou um precedente que exigia que os tribunais inferiores se submetessem à interpretação das leis pelas agências federais.

Sheila Warren, CEO do Crypto Council for Innovation, comentou sobre essas decisões: “Isso tem implicações diretas para a indústria de criptografia. O papel e o poder de fogo dos reguladores, como a SEC, estão em questão se os tribunais tiverem a capacidade de intervir.”

Esses desenvolvimentos ocorrem no momento em que a indústria de criptografia continua a exigir diretrizes regulatórias mais claras. As decisões judiciais conflitantes e as mudanças no cenário jurídico deixaram muitas empresas inseguras sobre como cumprir as regulamentações.

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