ETFs de Ethereum e a (cada vez maior) atratividade do universo cripto

2024-07-24

Caso você acompanhe com certo detalhe as notícias que impactam o universo cripto, certamente passou pelos seus olhos algumas informações sobre os ETFs de Ethereum que chegaram ao mercado agora. 

Mas você sabe o que essa chegada representa para a atratividade do universo cripto como um todo?

Neste artigo, vamos nos dedicar a explicar como essas movimentações justificam, não apenas o patamar atual de tamanho do mercado cripto, como também servem para trazer mais atenção a respeito de todo o futuro desses projetos. Vamos lá!

Pra começar, o que seria um ETF?

Exchange-Traded Funds, ou simplesmente ETFs, são fundos criados com a intenção de permitir que as pessoas comprem, como se fossem ações, itens que acompanham certos preços, índices ou estratégias. Pode ter parecido grego, mas alguns exemplos podem ajudar a facilitar o entendimento.

Quando uma pessoa compra um ETF de bolsa brasileira, ela está comprando o equivalente a uma ação cujo preço se movimenta como o índice da B3 (como o Ibovespa, por exemplo). A mesma coisa serve quando alguém compra um ETF do S&P500, que é a bolsa americana que contém as 500 maiores empresas.

Essa metodologia de investimento tem como maior benefício a simplificação de acesso: no lugar de precisar comprar um monte de ativos para seguir uma estratégia, as pessoas podem comprar a estratégia de uma vez só. E com uma vantagem: sem precisar ficar acompanhando nem mudando as posições toda hora.

Outra enorme vantagem dos ETFs é que eles levam em conta uma quantidade enorme de regulações para que sejam disponibilizados. Ou seja: as chances de você comprar um ETF só porque alguém falou que está na moda são bem baixas. Afinal,  ETFs passam por uma análise bastante criteriosa a nível de regulamentação.

Isso não significa que comprar ETF “garante” ganhos ou algo do tipo: em mercados de renda variável muitas coisas podem acontecer. Mas, fique com esse ponto em mente: se algo virou ETF, é porque ganhou maturidade o suficiente perante os mercados para ser reconhecido como uma classe séria de ativos.

ETFs em cripto têm ganhado espaço em 2024

Após uma jornada de literalmente uma década, o ano de 2024 tem se mostrado bastante positivo para os ETFs em cripto.

Olhando primeiramente para a maior e mais relevante cripto, o Bitcoin, a primeira vez em que alguma proposta de ter um ETF do tipo aconteceu foi lá em julho de 2013. Muitos anos depois, em fevereiro de 2021, o primeiro ETF spot em Bitcoin surgiu no Canadá. Em outubro daquele mesmo ano, a SEC (CVM dos EUA) aprovou a permissão para ETFs de futuros em Bitcoin. E, do meio de 2023 até agora, diversas empresas colocaram na mesa seus projetos de ETF em BTC.

Nos EUA, que são o maior mercado de capitais do planeta, os primeiros ETFs de Bitcoin começaram a valer em janeiro de 2024. Coincidência do destino, essa autorização ocorreu nas proximidades do halving, que veio a acontecer mesmo alguns meses depois.

Para se ter uma ideia do tamanho desse mercado, apenas os cinco maiores ETFs em Bitcoin somam juntos mais de US$50 bilhões em valores alocados. De novo: esse mercado, olhando pelo menos a permissão de atuação nos EUA, basicamente começou em janeiro deste ano. Existem fundos de investimento no Brasil com mais de vinte anos de existência que sequer chegam próximos dessa quantidade de recursos.

Importante pontuar que essa atratividade de ETFs em cripto não tem ocorrido apenas nos EUA: Hong Kong, potência das finanças localizada na Ásia, também colocou para rodar alguns mecanismos de investimento do tipo. Inclusive, a porta que abriram foi relevante para que o movimento ficasse ainda mais intenso.

Hong Kong começou, Tio Sam seguiu

Enquanto nos EUA os projetos de ETFs em Bitcoin viravam realidade e começavam a trazer para si dezenas de bilhões de dólares e valores investidos, em Hong Kong a ideia foi de tentar tomar a liderança nesses mecanismos, mas também em outros projetos relevantes.

Foi em Hong Kong, por exemplo, que os primeiros ETFs em Ethereum começaram a acontecer, desde o mês de abril de 2024. Outra coincidência interessante foi que a operação desses ETFs começou com maior proximidade ainda do halving do Bitcoin - que, claramente, foi um momento de bastante atenção global sobre o universo cripto. Combinação positivamente explosiva!

Como o maior mercado do planeta não costuma ficar atrás de inovações que o interessem, poucas semanas após a autorização pelas autoridades regulatórias de Hong Kong para ETFs de Ethereum (e do efetivo lançamento de alguns desses ETFs), a autorização para fazer a mesma coisa nos EUA foi concedida pela SEC. Para sermos mais exatos, essa autorização ocorreu em 23 de maio de 2024. E sim, já temos ETFs em Ethereum lançados no Tio Sam.

Hoje, em julho de 2024, os quatro maiores ETFs em Ethereum já somam mais de US$500 milhões em valor de mercado. Em comparação ao que já existem de valores nos ETFs de Bitcoin isso pode parecer sutil mas, reforçamos: essas possibilidades sequer existiam poucos meses atrás e hoje já estão nos mais relevantes mercados mundo afora. Com o início das atividades em solo americano, que ocorreu em 22 de julho após autorização das SEC, nem se fala.

Ah, e a situação não parou por aí: no início de julho de 2024, uma empresa solicitou às autoridades regulatórias dos EUA a autorização para lançar também um ETF em Solana. Realmente, esse ano tem sido movimentado em marcha elevada para os ETFs em cripto!

O que tudo isso significa para as cotações?

No início desse artigo, contamos sobre como algo que tem ETF é levado mais a sério pelo mercado como um todo e pedimos para que você guardasse essa informação. Pois bem, é agora que isso fará sentido.

Apenas em 2024, saímos de um estágio em que ETFs de Bitcoin passaram a ganhar espaço no mercado americano e, agora, estamos em uma situação em que a segunda maior cripto que existe (Ethereum) também começa a caminhar nessa mesma direção.

Essas movimentações indicam um caminho mais bem pavimentado de maturidade dos ativos do universo cripto. Ou, em termos ainda mais diretos: quem realmente estiver, em pleno 2024, com o papo clássico de que “cripto é tudo bolha” está no mínimo meia década atrasado em relação ao que as maiores instituições financeiras do planeta consideram ser uma classe séria de ativos.

Tal maturidade pode indicar não necessariamente um aumento constante e imparável das cotações para o futuro, mas uma resiliência maior do valor de mercado desse universo em meio às próximas ocasiões de inverno cripto. E isso ocorrerá especificamente com os ativos que já têm seus ETFs aprovados e funcionando (Bitcoin e Ethereum), mas também será um enorme sinalizador positivo para os projetos que conseguirem ter ETFs aprovados (como se discute atualmente com o Solana).

2024 é um ano que tem ensinado até a quem torce o nariz que, sim, cripto é coisa séria e gente grande tem muito interesse em estar posicionada nesses ativos. Não podemos cravar sobre a continuidade dessas aprovações, mas o fato de termos tido tantos avanços apenas neste ano  é um sinal bastante positivo para esse universo.

Esperamos que você tenha entendido sobre como ETFs em cripto fazem diferença sobre as perspectivas de futuro desse mercado. Agora fica a dúvida: quais outros projetos você acredita que ainda irão gerar ETFs em cripto? Conta pra gente!

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