O bitcoin está sendo visto cada vez mais como uma reserva de valor por instituições ao redor do mundo, com a moeda digital valorizando mais de 160% em um ano. Enquanto isso, o banco central dos EUA (Fed) fez uma admissão discreta de que o ouro está começando a substituir o dólar americano como principal ativo de reserva.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também emitiu um alerta sobre o declínio “surpreendente” na participação do dólar nas reservas estrangeiras alocadas pelos bancos centrais e governos ao redor do mundo.
Os economistas do FMI, Serkan Arslanalp, Barry Eichengreen e Chima Simpson-Bell, destacaram que a diminuição do papel do dólar ao longo das últimas duas décadas não foi acompanhada por um aumento correspondente nas participações das outras principais moedas, como o euro, o iene e a libra esterlina.
Em vez disso, houve um crescimento nas participações em moedas de reserva não tradicionais, como o dólar australiano, o dólar canadense, o renminbi chinês, o won sul-coreano, o dólar de Singapura e várias moedas nórdicas.
‘Erosão furtiva’
O texto do FMI aborda que, embora o dólar continue a ser a principal moeda de reserva global, há um aumento nas reservas em moedas não tradicionais.
Sem mencionar o Bitcoin e as criptomoedas, o FMI diz que as “novas tecnologias financeiras digitais” são as principais causas dessa mudança.
Persistência do dólar: Apesar da força recente do dólar, sua participação nas reservas globais de moeda está diminuindo gradualmente. Este declínio não tem sido acompanhado por um aumento significativo nas ações de outras grandes moedas como o euro, iene e libra esterlina.
Crescimento de moedas não tradicionais: Há um aumento nas reservas em moedas não tradicionais devido à diversificação, retornos relativamente atraentes e a facilidade de compra, venda e manutenção proporcionada por novas tecnologias financeiras digitais.
Impacto das flutuações cambiais: As flutuações nas taxas de câmbio podem influenciar a composição das reservas dos bancos centrais, reforçando a tendência geral de diversificação.
Exceção chinesa: Embora o renminbi tenha ganhado espaço, sua internacionalização mostra sinais de estagnação, com uma leve redução em sua participação nas reservas desde 2022, mesmo ajustando para mudanças na taxa de câmbio.
Diversificação ampla: A diversificação para moedas não tradicionais é um movimento amplo e não apenas concentrado em alguns grandes detentores de reservas.
Impacto das sanções financeiras: Sanções financeiras podem levar os bancos centrais a mudar suas reservas para evitar o risco de congelamento, favorecendo o ouro, embora a participação do ouro nas reservas ainda seja baixa historicamente.
No início deste mês, o Federal Reserve Bank de Nova Iorque publicou um relatório que descreve as narrativas em torno do declínio das participações em dólares nas reservas oficiais e o aumento das reservas em ouro pelos bancos centrais.