O valor do bitcoin atingiu sua máxima histórica esta semana e está em patamares altos, em parte graças à atuação de grandes corporações financeiras dos Estados Unidos.
Empresas de investimento estão gastando bilhões de dólares na compra da criptomoeda. Nas últimas semanas, elas se tornaram "baleias", nomenclatura dada a pessoas ou instituições que possuem mais de 10 mil bitcoins (no momento em que este artigo é publicado, 1 bitcoin vale mais de US$≈ 100mil, ou R$≈ 600 mil).
O sistema da criptomoeda só permite que haja um total de 21 milhões de bitcoins em circulação - até agora, cerca de 19 milhões já foram criados. O restante ainda precisa ser minerado
Mas afinal, nas mãos de quem está todo esse dinheiro?
Bitcoins podem ser perdidos porque as pessoas esquecem as senhas de suas carteiras digitais ou perdem o acesso por algum outro motivo - e não há "serviço de atendimento ao cliente". Basta perguntar a James Howells, que perdeu 8.000 bitcoins em um HD descartado no País de Gales.
De acordo com investigadores de criptografia da Elliptic, 3,15 milhões de bitcoins estão inativos há 10 anos ou mais. Alguns analistas - como os da Chainalysis - dizem que bitcoins que não foram movimentados nos últimos cinco anos também podem estar perdidos. Assim, talvez o montante real de criptomoedas que foram simplesmente perdidas seja muito maior.
Uma estimativa aproximada frequentemente aceita é de 3,5 milhões. Mas 1,1 milhão dessas moedas inativas provavelmente pertencem ao criador anônimo do bitcoin, então podemos retirar essa parcela da equação. Uma estimativa conservadora para moedas perdidas, portanto, é de cerca de 2,4 milhões, ou 11% de todos os bitcoins.