O real, a moeda oficial do Brasil, enfrenta uma grave crise econômica e social, com uma inflação acumulada de 700% nos últimos quatro anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa situação tem afetado o poder de compra dos brasileiros, que veem seus salários e poupanças perderem valor a cada dia.
Desde a sua criação, o Real sofreu uma forte desvalorização e perda de poder aquisitivo, causada por uma inflação de mais de 677.50% nos últimos quatro anos. Por isso, R$ 1,00 de 1994 vale hoje apenas R$ 0,12 e R$ 100,00 de 1994 valem hoje somente R$ 12,00.
Diante desse cenário, muitos brasileiros têm buscado alternativas para preservar seu patrimônio e realizar transações financeiras. Uma delas é a economia digital, que oferece soluções baseadas em tecnologias como blockchain, criptomoedas, fintechs e aplicativos de pagamento.
Segundo dados da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), o número de investidores em criptomoedas no Brasil saltou de 1,4 milhão em 2019 para 8,6 milhões em 2023, um crescimento de mais de 500%. Além disso, o volume negociado em plataformas de criptoativos no país ultrapassou R$ 100 bilhões em 2023, um aumento de 250% em relação a 2019.
As criptomoedas, como o bitcoin, o ethereum e o tether, são ativos digitais que funcionam como meio de troca, reserva de valor e unidade de conta, sem depender de intermediários como bancos ou governos. Elas são protegidas por criptografia e registradas em uma rede descentralizada de computadores, chamada de blockchain, que garante sua segurança, transparência e imutabilidade.
Para os brasileiros, as criptomoedas representam uma forma de escapar da inflação, diversificar seus investimentos e ter mais liberdade financeira. Além disso, elas permitem realizar transações mais rápidas, baratas e globais, sem burocracia ou restrições.
Outra tendência que tem ganhado força no Brasil é o uso de fintechs e aplicativos de pagamento, que oferecem serviços financeiros digitais, como contas, cartões, empréstimos, seguros, investimentos e transferências. Essas plataformas se destacam pela praticidade, conveniência, custo-benefício e inovação.
Segundo o relatório Fintech Mining Report 2023, elaborado pela Distrito, existem 1.038 fintechs no Brasil, um crescimento de 34% em relação a 2019. Juntas, elas movimentaram R$ 230 bilhões em 2023, um aumento de 180% em relação a 2019. Além disso, elas atenderam mais de 100 milhões de clientes no país, um crescimento de 150% em relação a 2019.
As fintechs e os aplicativos de pagamento, como o Nubank, o PicPay, o Mercado Pago e o PagSeguro, têm se beneficiado da digitalização dos hábitos de consumo dos brasileiros, especialmente após a pandemia de Covid-19, que acelerou a adoção de soluções online. Eles também têm se aproveitado da abertura do mercado financeiro brasileiro, com iniciativas como o open banking e o PIX, que estimulam a competição, a inclusão e a inovação.
O real, a moeda oficial do Brasil, caminha para a economia digital amargando inflação de 700% que corroeu poder de compra. Essa é a realidade de milhões de brasileiros que buscam novas formas de lidar com seus recursos financeiros em um cenário de incerteza e instabilidade. A economia digital surge como uma alternativa para enfrentar os desafios e as oportunidades do século XXI.
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