A Agrotoken apresentou ao mercado, nesta terça-feira (29), o Traceability & Sustainability Explorer. A plataforma integra blockchain para gerenciar e comprovar práticas sustentáveis.
A ferramenta permite que empresas de diferentes setores organizem, certifiquem e compartilhem, por exemplo, provas de sustentabilidade. Uma das vantagens é que ela atende às exigências legais União Europeia (UE) para Produtos Livres de Desmatamento.
Práticas sustentáveis podem se tornar ativos financeiros
Além de registrar as práticas ambientais, a Traceability & Sustainability Explorer oferece a possibilidade de transformar esses esforços em ativos financeiros, permitindo assim que créditos de sustentabilidade sejam negociados. Essa inovação transforma o que antes era um custo operacional em uma nova fonte de receita para empresas que adotam boas práticas ambientais.
Utilizando blockchain, a solução assegura a integridade dos certificados emitidos, promove transparência em toda a cadeia de valor e mitiga riscos de fraude. Essa garantia é, sobretudo, essencial para comprovar a origem sustentável dos produtos, atendendo a uma demanda crescente por autenticidade e rastreabilidade no mercado global.
Conformidade legal com bloco europeu
A ferramenta também facilita a conformidade com padrões internacionais, incluindo normas como Renovabio, RTRS e ISCC. Isso permite principalmente que as empresas atendam às exigências do mercado europeu. O EUDR, em especial, proíbe, por exemplo, a importação de produtos agropecuários originados de áreas desmatadas após dezembro de 2020. O que pressiona cadeias de produção em todo globo, principalmente na América Latina e Ásia, a adotarem soluções tecnológicas para comprovar práticas sustentáveis.
Essa inovação posiciona o Brasil na vanguarda das soluções tecnológicas sustentáveis, reforçando o compromisso empresarial com o meio ambiente e a adaptação às exigências globais.
Nosso objetivo é transformar práticas que antes eram vistas como custos em ativos valiosos, permitindo que as empresas monetizem seus esforços sustentáveis e se mantenham competitivas em um mercado global em constante evolução. Estamos comprometidos em colocar o Brasil na vanguarda da inovação tecnológica e ambiental, e acreditamos que juntos, podemos criar um futuro mais sustentável e lucrativo para todos os envolvidos na cadeia produtiva, afirma o CEO da Agrotoken, Eduardo Astrada.
Blockchain já faz parte do agronegócio brasileiro
Além da Agrotoken, outra empresa brasileira tem se destaca ao usar blockchain para mensurar o impacto ambiental no brasil. Por meio de plataformas proprietárias, a Agrotools realiza mais de 2 mil análises diárias para acelerar o crédito no agronegócio, ajudando instituições financeiras a operar com mais segurança e rapidez, considerando critérios ESG como desmatamento, plantio, incêndios, garantias, embargos ambientais e riscos climáticos.
Em junho desde ano, a agtech anunciou uma parceria com a B3 para incorporação da plataforma da Agrotools ao processo de registro de títulos do agronegócio como Cédulas de Produtor Rural (CPRs) e outros na B3.
Hoje, a bigtech analisa mais de 4,5 milhões de territórios rurais e monitora R$ 15 bilhões em commodities. Além disso, são mais de R$ 50 bilhões em financiamento rural que contam com o suporte de ao menos uma das soluções da empresa, e cerca de R$ 100 bilhões em operações do agronegócio monitoradas.
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